Para Carol

Vem lento como quem empurra pra adiante, porque sabe que inundará de qualquer forma. A gente pula os detalhes do dia de ida dela, afinal, o choro era óbvio, mas não convinha confrontá-lo com todo seu êxtase e frio na barriga que dá quando se tem um horizonte completamente novo pela frente.

E a cada dia que passa, apenas reafirmamos a saudade que aperta diariamente por aqui. Os detalhes tão inconfundíveis e só dela. A recepção com as pernas que num susto cruzam a cintura e grita no ouvido a felicidade de te ver: “sua piranha, aonde você tava???”. O atraso de sempre que perdoamos quando ela chega toda estilosinha, se aproximando com os passinhos abertos, afirmando que elegância não é questão de etiqueta. E no fim a gente repara que sentimos falta até do seu arroto - que tanto reprimíamos – cortando o silêncio, mas que um dia nos valeu uma cerveja.

Os cinemas não são os mesmos, afinal, não tem mais shhh’s ciumentos da Tatiana nos mandando calar a boca, enquanto fazendo mais barulho que nossos comentários, ela sacode o pacote de pipoca tentando em vão fazer o sal pegar o gosto.

Agora não há mais os dentes que trincam com o rascante do vinho e temos menos uma rodada de vodca em pé no Baixo Gávea. E mais velhas nos sentimos, porque agora também quase não vamos mais ao Baixo Gávea. Não tem mais Free vermelho pra dividir, não tem mais preguiça de subir ladeira de carro, não tem mais beijo sem obrigação de ligar no dia seguinte. Mas toda nossa falta se acalma quando pensamos que a felicidade dela por lá é proporcional ao vazio que deixou por aqui.



3 comentários:

  1. o minha lindeza de poetisa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    saiba q minha felicidade e enorme mesmo... mas a saudade e a mesma q a de vcs...
    imensa e rotineira...
    vem pra ca vem pra ca!!!!!!
    aahahahahahaahahahaha
    lov u meu xuxuuuuuuuu!!!!!!

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  2. nossa... li de novo e chorei baldes... te amo luiza soutoooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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