Só existe uma coisa maior do que nós: a falta. A tua ausência. E então, me diz, o que eu faço com todas essas palavras, com todo esse espaço imenso que é teu por direito, e que você usa a chave para fechar a porta? O violão para silenciar. O que eu faço com todos esses pedaços que explodem internamente? E mais do que tudo isso, o que eu faço com você?
Às vezes o tempo não parece ser suficiente. A intensidade parece não ter teto. Só sabemos apreciar o céu. Nos encontramos lá. Com uma lua inteira como abrigo. Até que se descobre que aquela linda luz, é na verdade apenas a luz fria e incandescente de um táxi numa manhã de domingo.
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