A Culpada


Essa voz doce. Quem é que tem coragem de amargurar, de torná-la rouca? Esses olhos mel. Me diz, quem é que tem coragem de apresentá-los a escuridão? Seguro frouxa a tua mão. Não quero te trazer as certezas se eu bem sei que sou eu a mais provável de te derrubar. Não te prometo o céu, não te prometo as estrelas, nem o olhar apaixonado das revistas. Mas lhe ofereço eu, inteira. Com todas as cicatrizes e arranhões, e aquele sorriso que você tanto gosta.

E pra você isso basta. Se delicia em descobrir os versos, os acordes e as melodias por trás dos tropeços. Tão humilde, desvenda lentamente. Tão bonito ver a cena de fora. Você desenhando com os dedos nas minhas costas. O olhar bobo apaixonado pelas minhas linhas. E eu tensa, com o coração rígido, por simplesmente já prever tudo: o céu cinza, a música dolorida, você no chão e eu em pé, com as mãos cheias de sangue, acusando-me de todas as suas novas feridas.

4 comentários:

  1. De fato, uma situação cruel... Cunhar linhas com esse conteúdo é tarefa para poucos, é bastante doloroso. Até porque sempre sabemos o fim, desde o começo (e de alguma forma me remete ao teu texto anterior).

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  2. Ei!!! Você segue o blog da vitória é?? Amiga de infância, e ex das antas mais antigas das longíquas adolescencias, ela é queridona, e demais, né? =)

    Cara mta saudade gata, e to cantando pa caraleo ultimamente, louco pra trocar figurinhas musicais cuntigo gatona, vamo se vê, anota meu celular: 8212-7713


    beijão querida

    ps. não foi à toa nossa admiração mútua gratuita e instantânea!
    quem acredita sempre alcança

    e vamo q vamo!!!!

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  3. Ah !!! E poxa, passa no meu blog em português tb, só fala inglês você agora, tá cheio de novidades fresquinhas, saídas há bem pouco do meu forninho poético, que aliás, tem tado calientíssimo!!! SARDADEEEESSSSS!!!!!!!!!!!

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  4. Oi adorei os seus textos, visite o meu blog de textos também, obrigado e beijo.

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