existe uma espécie de culpa em ser feliz nos dias úteis. uma auto-punição de origens culturais por resolver passar o tempo apenas sentindo-o. o vento é gostoso, mas o prazer está suspenso no peito: mereço senti-lo?
isso mata aos poucos mesmo quem tem medo da morte. o racional que não deixa o corpo descansar e curtir a aceitação da realidade: uma segunda-feira livre na vida de um autônomo.
amamos segunda-feira.
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